BERLIM (Reuters) - A Bosch está avançando sobre rivais norte-americanos com o lançamento de sua própria rede de computação em nuvem para conectar desde carros a máquinas de lavar à Internet.
Empresas industriais alemãs tradicionais como a Bosch estão buscando transformar-se de fabricante de equipamentos para prestadores de serviços utilizando dados gerados por suas máquinas.
A Bosch espera que sua experiência em engenharia dê uma vantagem na transformação da Internet das Coisas em uma realidade para consumidores. A companhia anunciou que planeja criar sua própria "nuvem", o que a colocará em concorrência com serviços de gigantes da tecnologia como Amazon, Google, Microsoft e IBM (NYSE:IBM).
A nuvem da Bosch será baseada em um centro de computação na Alemanha, onde a empresa espera atrair clientes que possam ter receios sobre a segurança de dados de servidores controlados por empresas dos Estados Unidos.
O presidente-executivo da Bosch, Volkmar Denner, afirmou a jornalistas que a companhia vai investir em tecnologia de Internet das Coisas e que vai combinar isso com sua experiência em produzir eletrodomésticos e outros aparelhos do dia a dia.
"Há empresas de produtos como a Bosch que estão tentando adicionar software e serviços e há empresas de tecnologia que estão tentando chegar no mundo físico. A corrida está completamente aberta", disse Denner.
Mais de cinco milhões de aparelhos já estão conectados ao pacote de software da Bosch. As aplicações incluem um sistema que permite aos usuários controlar remotamente a temperatura de suas casas bem como sensores que ajudam motoristas a acharem vaga de estacionamento.
A Bosch não revelou quanto vai investir na tecnologia de computação em nuvem, mas afirmou que investe cerca de 500 milhões de euros por ano em novas tecnologias.
A empresa planeja cobrar os clientes com base nos serviços que utilizem, mas não deu previsão de receitas. A empresa de pesquisa Gartner estima que as vendas globais no mercado de computação em nuvem vão exceder 200 bilhões de dólares neste ano.
(Por Caroline Copley)