Por Elizabeth Culliford
SÃO FRANCISCO (Reuters) - A candidata presidencial democrata norte-americana Elizabeth Warren criticou grandes empresas de tecnologia durante debate democrata na terça-feira, mas ignorou o convite da rival Kamala Harris em se juntar a ela para pedir que o presidente Donald Trump seja banido do Twitter.
Warren, senadora que está empatada com o ex-vice-presidente Joe Biden em muitas pesquisas de opinião na corrida democrata, defendeu sua proposta de desmembrar grandes empresas de tecnologia como Facebook, Alphabet (NASDAQ:GOOGL) e Amazon (NASDAQ:AMZN) por preocupações antitruste, na discussão mais abrangente sobre grandes empresas tecnologia nos debates democratas até o momento.
"Não estou disposta a desistir e deixar um punhado de monopólios dominar nossa economia e nossa democracia. É hora de revidar", disse Warren no debate em Westerville, Ohio.
Mas ela não se envolveu com o pedido de Harris, também senadora, de que se juntem para pedir ao Twitter que suspenda a conta de Trump. Harris argumentou que Trump usa a plataforma para intimidar e ameaçar seus oponentes.
"É uma questão de segurança e responsabilidade corporativa", afirmou Harris, enquanto Warren se recusava a se envolver, dizendo que estava concentrada em vencer Trump na eleição de novembro de 2020.
"Não quero apenas tirar Donald Trump do Twitter. Quero expulsá-lo da Casa Branca", disse Warren.
Os outros democratas no palco não apoiaram explicitamente o plano de Warren de desmembrar as principais empresas de tecnologia, mas manifestaram preocupações com a competição.
O senador Bernie Sanders, outro crítico de longa data de grandes empresas de tecnologia e da influência corporativa, disse que os EUA precisam de um presidente com coragem para nomear um procurador-geral que enfrente esses monopólios.
Outro candidato, Beto O'Rourke, disse que não temer desmembrar grandes empresas, mas não que acredita que seja papel do presidente designar quais empresas devem ser desmembradas.