WASHINGTON (Reuters) - Autoridades da Casa Branca e representantes de grandes empresas de mídia social se reuniram nesta sexta-feira para discutirem como conter o extremismo online após novos ataques a tiros no fim de semana passado que deixaram 31 mortos nos Estados Unidos.
Após os ataques, o presidente norte-americano, Donald Trump, responsabilizou a internet e redes sociais, e não o acesso a armas, por fornecerem locais para o que chamou de "radicalização de mentes perturbadas". Trump pediu ao Departamento de Justiça dos EUA para trabalhar com as empresas para "desenvolvimento de ferramentas que possam detectar agressores antes que ataquem".
Apesar disso, especialistas em segurança afirmam que identificar e prender extremistas que se manifestam online é mais fácil de falar do que de se cumprir, dadas as proteções ao direito de livre expressão e mecanismos contra a censura, típicos de democracias consolidadas.
A Casa Branca não informou quem estava na reunião, a portas fechadas. Trump não participou pois estava viajando a Nova York.
"A conversa foi sobre como a tecnologia pode ser usada para identificar potenciais ameaças, ajudar a indivíduos que exibem comportamento potencialmente violento e combater o terrorismo doméstico", disse o porta-voz da Casa Branca, Judd Deere.
"Pedimos para as companhias de mídia social continuarem esforços no combate ao extremismo violento e para ajudarem indivíduos em risco, sem comprometimento à livre expressão", disse Deere.
O Washington Post publicou que Google (NASDAQ:GOOGL), Microsoft (NASDAQ:MSFT), Facebook, Twitter e Reddit foram convidados para o encontro. Procuradas pela Reuters, as empresas não se manifestaram sobre o assunto.
(Por Roberta Rampton e Elizabeth Culliford)