BOGOTÁ (Reuters) - O regulador de comércio da Colômbia deu nesta terça-feira prazo de quatro meses para o Uber (NYSE:UBER) melhorar sua segurança de dados, após uma violação de dados em 2016 afetar mais de 260 mil pessoas no país.
No ano passado, a Uber concordou em pagar uma multa de 148 milhões de dólares em um acordo nos Estados Unidos por não divulgar a violação de dados em massa.
O acordo seguiu uma investigação de 10 meses sobre a violação, que expôs dados pessoais de cerca de 57 milhões de contas, incluindo 600 mil carteiras de motorista.
A Uber é popular na Colômbia, embora o governo diga que seu uso é ilegal. O país ainda não regulamentou serviços como os do Uber e disse que suspenderá por 25 anos as carteiras de motoristas flagrados trabalhando para a plataforma.
Daqueles cujos dados foram comprometidos pela violação, cerca de 267 mil são moram na Colômbia, disse a Superintendência da Indústria e Comércio em comunicado, acrescentando que o Uber terá quatro meses para mostrar que está protegendo os usuários de acesso fraudulento ou não autorizado a suas contas.
A empresa também deve desenvolver um protocolo para lidar com futuras violações de dados, treinar seu pessoal e colocar em prática um sistema de monitoramento permanente para determinar se as novas medidas são adequadas, disse o regulador.
O escritório do Uber na Colômbia disse que já mostrou às autoridades locais que "implementou várias melhorias tecnológicas para a segurança de nossos sistemas" desde 2016.
(Por Julia Symmes Cobb)