SEUL (Reuters) - O "exército cibernético" da Coreia do Norte aumentou seu número de integrantes para 6.000, o dobro do estimado pela Coreia do Sul em 2013, e está trabalhando para causar "paralisia física e psicológica" no sul da Península Coreana, disse nesta terça-feira o Ministério da Defesa sul-coreano.
O novo número, divulgado em um documento oficial do ministério, foi divulgado após os Estados Unidos, aliados da Coreia do Sul, terem imposto novas sanções à Coreia do Norte por um ataque cibernético contra a Sony Pictures Entertainment. Pyongyang negou envolvimento no ataque.
Há anos, a Coreia do Norte tem investido recursos em uma organização sofisticada de guerra cibernética chamada Bureau 121, administrado pela agência de espionagem do país e que conta com alguns dos mais talentosos especialistas em computação do país.
Seus alvos a longo prazo podem ser as redes de energia e telecomunicações de países rivais, de acordo com críticos do país comunista.
"A Coreia do Norte está atualmente gerindo sua força de trabalho de 6.000 (membros) para o conflito cibernético e realizando ataques cibernéticos para a paralisia física e psicológica dentro da Coreia do Sul, como causar problemas para operações militares e para a infraestrutura nacional", disse o Ministério da Defesa em comunicado.
A Coreia do Norte negou envolvimento no recente ataque hacker contra a Sony Pictures, que distribuiu um filme de comédia que retrata uma tentativa fictícia de assassinar o líder norte-coreano, Kim Jong Un. O país disse que as sanções dos EUA eram uma mostra das políticas hostis e repressivas de Washington.
Os norte-coreanos também são suspeitos de terem realizado uma série de ciberataques contra a Coreia do Sul, com quem permanecem tecnicamente em guerra.
(Reportagem de Ju-min Park)