A Black Friday chegou! Não perca até 60% de DESCONTO InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Crise interrompe tendência de uso de vários chips por celular no Brasil

Publicado 09.10.2015, 12:08
Atualizado 09.10.2015, 12:19
© Reuters.  Crise interrompe tendência de uso de vários chips por celular no Brasil

Por Luciana Bruno

SÃO PAULO (Reuters) - A situação de fraqueza econômica e a tendência de maior uso de aplicativos de mensagens pela Internet têm contribuído para a queda da base de linhas celulares em uso no Brasil, uma tendência que deve permanecer pelo menos até o fim deste ano, segundo analistas.

A redução da base total é provocada por uma queda no número de celulares pré-pagos, que não está sendo compensada em volume pelo aumento das linhas pós-pagas.

Segundo especialistas, esse fenômeno ocorre porque muitos dos usuários que tinham chips das quatro principais operadoras para economizar com ligações dentro da mesma rede de telefonia estão optando por ficar apenas com um ou dois chips que utilizam mais, de forma a não terem de recarregar sazonalmente todos eles com crédito.

Além disso, o uso cada vez mais disseminado de aplicativos de mensagens pela Internet como Whatsapp, que atrela as conversas dos usuários a um único número de telefone, acaba intensificando a tendência de redução do número de chips por usuário.

"O mercado de celular brasileiro já está saturado, estamos com penetração de 148 por cento", disse Ari Lopes, analista da consultoria de telecomunicações Ovum.

"É muito comum as pessoas terem dois ou três chips. Agora, estão desconectando o segundo e o terceiro, por conta do maior uso de mensagens (pela Internet)", completou Lopes.

Na quinta-feira, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que a base de telefonia celular do Brasil em agosto voltou a cair, com o número de linhas móveis recuando em 1,42 milhão sobre julho e encerrando o mês em cerca de 280 milhões.

O recuo foi o terceiro consecutivo desde maio, em um movimento em que as operadoras estão vendo redução da base de linhas pré-pagas, menos rentáveis que as pós-pagas. Desde maio, a base total do país teve redução de 4,132 milhões de linhas celulares.

Para 2015, a Ovum prevê estabilidade frente ao ano passado, quando a base ficou em 280,7 milhões de acessos móveis. Segundo o analista da consultoria, a queda do pré-pago e do uso de voz e SMS tem afetado negativamente a receita por usuário das operadoras, já que a alta do faturamento com dados ainda não compensou esse declínio.

"O pré-pago deve continuar encolhendo até o fim do ano. Hoje a participação (na base total) está em 74 por cento, deve se estabilizar em 70 por cento", declarou Eduardo Tude, presidente da consultoria especializada Teleco. "A situação econômica ruim ajuda essa tendência de queda", completou.

O analista da corretora XP Investimentos Celson Plácido também credita a redução da base ao cenário econômico deteriorado. "Mesmo tendo mais de um chip, o usuário precisa colocar crédito sazonalmente para conseguir ligar para a mesma operadora", declarou. "Então, há o problema econômico entre as pessoas de mais baixa renda, que cortam as operadoras que usam menos."

De fato, os dados da Anatel confirmam essa tendência. O indicador de densidade, que é a quantidade de acessos por 100 habitantes, teve queda nos últimos meses, passando de 138,23 em junho, para 136,86 em agosto.

(Por Luciana Bruno)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.