(Reuters) - A Uber Technologies precisa se defender contra um processo judicial no qual o serviço de caronas é acusado de discriminar deficientes visuais ao se recusar a transportar cães-guias, decidiu um juiz federal.
Em decisão proferida na sexta-feira à noite, o juiz Nathanael Cousins de San Jose, Califórnia, disse que os pleiteantes podem alegar que o Uber é um "serviço de viagens", alvo de potenciais obrigações frente ao ato de proteção aos deficientes norte-americanos.
O juiz também rejeitou os argumentos do Uber de que os pleiteantes, incluindo a Federação Nacional de Deficientes Visuais da Califórnia, não poderiam processar a empresa citando as leis federais e estaduais de proteção aos deficientes.
O Uber recebeu 14 dias para responder formalmente à reclamação. A companhia e seus advogados não responderam nesta segunda-feira a pedidos de comentários. A federação de deficientes visuais e advogados dos pleiteantes não responderam imediatamente a pedidos semelhantes.
Avaliado em 40 bilhões de dólares, o Uber diz oferecer seu serviço de transporte por aplicativo de telefone em mais de 270 cidades e áreas geográficas de 56 países, e pode cobrar preços variados de acordo com a demanda.
Mas a companhia com sede em San Francisco enfrenta reclamações em diversos países sobre como paga seus motoristas, trata passageiros e garante a segurança.
No caso sobre discriminação, os pleiteantes disseram que a legislação federal requer que operadores de serviços de táxi tais como o Uber levem animais com passageiros com deficiência visual, mas que tem conhecimento de mais de 40 casos em que motoristas do Uber se recusaram levá-los.
(Por Jonathan Stempel em Nova York)