TAIPÉ/XANGAI (Reuters) - A desenvolvedora de aplicativos de táxi Uber Technologies está sob fogo cruzado em Taiwan e na cidade de Chongqing, na China continental, devido a preocupações de que a empresa e seus motoristas não têm licenças apropriadas, somando-se a uma série de reclamações oficiais direcionadas à startup norte-americana que vem crescendo rapidamente.
A Uber tem sido alvo de ações similares em países tão diversos quanto Tailândia e Espanha. Mas uma investigação em Chongqing, uma cidade com um terço a mais de pessoas do que Taiwan, marca a primeira vez que a legalidade do Uber fica sob os holofotes na China continental, e surge menos uma semana depois que a Uber ganhou investimentos da gigante chinesa de Internet Baidu.
A Uber, via seus aplicativos, cobra uma taxa para ser o intermediário entre passageiros e motoristas, alguns dos quais são motoristas de táxi registrados. No entanto, uma falta de regulação para o modelo de negócios relativamente novo trouxe a Uber e outras companhias similares de chamada de táxis à atenção de autoridades no mundo todo.
Em Taiwan, o ministério dos Transportes disse que o Uber tem licença para fornecer serviços de informação em vez de transportes. Assim, o ministério está averiguando se tem a autoridade e as capacidades de aplicação para bloquear o acesso ao website e aos aplicativos móveis da Uber.
"Se a Uber obtiver a licença apropriada então pode continuar operando em Taiwan", disse o vice-diretor do Ministério dos Transportes e Comunicações, Liang Guo Guo, nesta segunda-feira. "A companhia não deixou claro como planeja proceder".
Num comunicado separado nesta segunda-feira, o governo de Chongqing disse que está investigando a legalidade do modelo de negócio da Uber usando motoristas particulares. O governo disse que motoristas particulares operando sem licença comercial serão "classificados como praticantes de comportamento ilegal".
"Estamos nos comunicando e buscando esclarecimentos ativamente com o governo de Chongqing", disse o responsável por comunicações da Uber na China, Xue Huang, em comentários à Reuters por email.
A companhia não respondeu a um pedido por comentários sobre o anúncio de Taiwan.
(Por Michael Gold e Adam Jourdan)
((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447723)) REUTERS RF LB