(Reuters) - A aquisição das operações do Uber na China pela potência chinesa Didi Chuxing marcaram o maior passo até agora em direção à consolidação de um setor que muitos investidores e especialistas do Vale (SA:VALE5) do Silício enxergam como um jogo em que o vencedor leva tudo.
No dia em que o acordo com a Didi foi anunciado este mês, o membro do conselho do Uber Bill Gurley disse que os rivais do Uber em outros mercados tinham uma leve chance de dividir o mercado com o player dominante, assim como o Uber lutou para corroer a participação de mercado da Didi na China.
Após a China, o setor se consolidará em outros mercados, disse Hans Tung, um investidor focado na Ásia e sócio administrativos da GGV Capital, que financiou a Didi e o Grab, serviço de transportes baseado em Cingapura. "Vai haver um número 1 dominante", disse ele na ocasião.
O consenso de 11 economistas entrevistado pela Reuters, no entanto, sugere um cenário totalmente diferente, um de competição permanente em um negócio com relativamente poucas barreiras para ingressar.
"Pensar que uma empresa irá vencer é uma maneira estreita e imprecisa de pensar sobre essas companhias", disse David Evans, presidente do conselho do Global Economics Group e coautor de um livro recente, que também trata sobre o Uber: "Matchmakers: The New Economics of Multisided Platforms."
Dez outros economistas que estudaram as empresas de serviços urbanos concordam que a crescente indústria, vista pela UBS como um mercado de 40 bilhões de dólares, tem espaço para, pelo menos, dois players de sucesso e talvez mais alguns menores.
(Por Heather Somerville)