Depois de perder usuários pela primeira vez em mais de uma década, a Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34) confirmou ontem a demissão de 150 funcionários em algumas sedes da empresa.
Segundo o serviço de streaming, a maioria dos cortes foi nos Estados Unidos, sem esclarecer quais outros países também foram afetados. A Netflix não informou se algum colaborador no Brasil foi desligado. Nos EUA, os cortes representam cerca de 2% da força de trabalho da empresa no país.
O mais recente relatório financeiro da companhia, divulgado no final de abril, revelou uma queda de 200 mil assinantes na plataforma, número que reflete a suspensão do serviço de streaming na Rússia, por conta da guerra, e a competição de mercado com outros serviços, como Disney+, por exemplo. Desde então, a Netflix afirmou que seria necessário ajustar um corte de gastos e já demitiu funcionários de seu site voltado para fãs, o Tudum.
"Nosso crescimento de receita mais lento significa que também estamos tendo de diminuir o crescimento de custos como empresa", disse um porta-voz da Netflix, em comunicado. "Essas mudanças são impulsionadas principalmente pelas necessidades de negócios e não pelo desempenho individual, o que as torna especialmente difíceis", afirmou.
Várias áreas teriam sido atingidas, como a divisão de criação de séries e filmes. De acordo com as informações, as demissões envolveram desde assistentes até diretores importantes dentro da empresa.
Nos dias seguintes ao balanço financeiro, a queda das ações na Bolsa de Valores americana cortou cerca de um terço do valor de mercado da Netflix.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.