Por Jill Serjeant
NOVA YORK (Reuters) - Emma Watson disse que fazer seu novo filme "O Círculo", sobre uma rede social fictícia gigante, foi uma experiência difícil e vulnerável que trouxe à tona questões sobre ética e as fronteiras da privacidade em uma era cada vez mais pública.
Watson, de 27 anos, cresceu sob o olhar público como uma atriz mirim nos filmes da saga "Harry Potter", mas a estrela britânica disse que não tinha considerado completamente as implicações da coleta em massa de dados, das atividades online, e da liberdade pessoal antes de fazer "O Círculo".
"Foi uma experiência muito vulnerável para mim fazer esse filme... Foi muito difícil para mim e muito significativo", disse Watson ao público, após a estreia do filme na quarta-feira, no festival cinema de Tribeca.
Baseado no livro de mesmo nome de Dave Eggers, "O Círculo", que estreia nos cinemas dos Estados Unidos na sexta-feira, é uma visão assustadora de como gigantes das redes sociais controlam e monitoram informações pessoais --nem sempre para o bem. O Círculo é uma companhia fictícia que tem sido comparada ao Google, Facebook e Twitter.
Em uma cultura com slogans como "Compartilhar é se importar", a personagem de Watson, Mae, se voluntaria para se tornar "totalmente transparente" usando uma câmera do tamanho de uma bolinha de gude 24 horas por dia, que transmite todas as suas atividades online. O experimento leva a uma perseguição online aterrorizante, o rastreamento e a morte de um amigo próximo que tinha tentado evitar as redes sociais.
"Eu não pensava sobre a maioria dessas coisas antes", disse Watson, que chamou atenção para o fato de que o Congresso dos Estados Unidos reverteu em março leis de privacidade na internet do governo Obama sobre a venda de informações individuais de pesquisas.
(Reportagem de Jill Serjeant)