CINGAPURA/BANGCOC (Reuters) - Quando o fabricante tailandesa de fraldas DSG International quer saber o que seus clientes estão pensando, muitas vezes se volta para a Lazada, uma empresa de comércio eletrônico de propriedade majoritária do Alibaba Group Holding.
"Com (seus) dados, sabemos que as mães às vezes usam a internet à noite, então podemos oferecer ofertas instantâneas quando sabemos que os clientes estão navegando", disse Ambrose Chan, presidente-executivo da empresa tailandesa.
O sudeste da Ásia é o mercado de Internet de mais rápido crescimento do mundo, com 600 milhões de consumidores do Vietnã à Indonésia, muitos deles grande apetite por tecnologia e redes sociais. Eles estão rapidamente gastando mais tempo e dinheiro online. Um estudo da Nielsen em 2015 estimou que a classe média do sudeste asiático atingirá 400 milhões até 2020, o dobro em relação ao ano de 2012.
O valor bruto das mercadorias comercializadas online na região será de 65,5 bilhões de dólares até 2021, ante 14,3 bilhões de dólares em 2016, prevê a consultoria Frost&Sullivan.
A empresa de pesquisa Euromonitor espera que o varejo online na Indonésia, por exemplo, mais que dobre para 6,2 bilhões de dólares em 2021, enquanto na Tailândia o crescimento deve ser de 85 por cento, para 2,8 bilhões de dólares.
As empresas de bens de consumo, como a Unilever (LON:ULVR) e a empresa japonesa de cosméticos Shiseido, dizem que o boom do comércio eletrônico permite que elas avancem mais profundamente em mercados que, de outra forma, podem ser difíceis de entender e de acessar devido a redes de varejo fracas.
Para alcançar mais clientes e melhorar o entendimento do comportamento online, as empresas de bens de consumo estão criando parcerias com empresas de comércio eletrônico como a Lazada e o site de moda Zalora.
(Por Aradhana Aravindan e Chayut Setboonsarng)