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ENTREVISTA-Zuckerberg leva Internet grátis à Colômbia; mantém silêncio sobre China

Publicado 15.01.2015, 13:31
© Reuters. Presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg

Por Helen Murphy e Luis Jaime Acosta

BOGOTÁ (Reuters) - O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, lançou na quarta-feira um aplicativo de acesso gratuito à Internet na Colômbia, como parte de um esforço para trazer os mercados de países desenvolvidos ao mundo online, mas continuou sem dar uma única palavra sobre quando ou se a companhia vai considerar entrar na China.

A Colômbia é o primeiro país na América Latina e quarto no mundo a receber o novo serviço Internet.org, em parceria com a companhia de telefonia móvel local Tigo, mas a meta é dar um alcance global ao aplicativo, disse Zuckerberg à Reuters.

O aplicativo para celulares, destinado a usuários rurais e de baixa renda, oferece mais de uma dezena de ferramentas via o sistema operacional Android –incluindo a enciclopédia Wikipedia, sites de previsão do tempo, catálogos de empregos e informativos de saúde, assim como a própria rede social Facebook e seu respectivo serviço de mensagens – tudo sem nenhuma cobrança ao usuário pela transferência de dados.

A ferramenta já foi lançada em três países africanos, incluindo a Zâmbia.

Durante sua primeira viagem a Bogotá, o bilionário fundador do Facebook disse que o aplicativo se disseminaria muito rapidamente, à medida que as operadoras de telefonia se valham de um crescimento nos rendimentos, proveniente de novos consumidores tendo acesso a seus serviços.

"Nossa meta é fazer do Internet.org um programa disponível em todo o mundo e ajudar todos a se conectarem à Internet", disse Zuckerberg, de 30 anos. "Vamos olhar para trás daqui a um ano e com sorte vamos ter muito mais países com programas como esse."

Embora ele tenha se recusado a revelar o próximo país em que o programa será lançado, Zuckerberg aposta que o aplicativo em breve se tornará "padrão" entre operadoras de telefonia móvel de todo mundo, visando a expansão do acesso à Internet. Aqueles que não oferecerem o serviço estarão se "ficando para trás".

Vai "deixar de ser o caso de somente as operadoras mais visionárias e de aprendizado mais avançado começarem a adotar o programa e vai começar a ser o caso de ser mais o padrão, certo, em que vai ser quase como se você não está fazendo está ficando para trás", disse Zuckerberg, vestindo seu característico jeans com camiseta cinza.

Perguntado se estuda uma entrada na China, Zuckerberg disse: "Quem sabe... isso é diferente."

Zuckerberg e o presidente-executivo da Xiaomi, Lei Jun, discutiram um potencial investimento do Facebook na principal fabricante de smartphones da China, antes da companhia chinesa conseguir arrecadar 1,1 bilhão de dólares em fundos de investidores, no mês passado.

Mas várias pessoas com conhecimento do assunto disseram à Reuters que um acordo nunca se materializou. O Facebook não quis comentar sobre o tema.

O presidente-executivo do Facebook também não se inclinou a revelar se o recente encontro na Cidade do México com o bilionário das telecomunicações Carlos Slim resultaria em um projeto similar ao Internet.org ou em alguma outra empreitada.

"Não vou dizer nada específico sobre qualquer parceria que não seja final, mas, quero dizer, vamos querer trabalhar com pessoas em todo mundo em uma série de coisas", disse Zuckerberg.

Ele disse que o próximo lançamento do Internet.org pode ocorrer em apenas seis meses. O executivo de 30 anos, que largou os estudos na Universidade de Harvard para gerir o Facebook, reuniu-se com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, na manhã de quarta-feira, e os dois lançaram oficialmente o aplicativo do Internet.org no palácio presidencial.

As ferramentas oferecidas pelo serviço proporcionam um alicerce que pode ser usado pelos colombianos para "erguer sua própria prosperidade", disse Zuckerberg.

"Ao dar às pessoas essas ferramentas básicas de graça, está se criando um ambiente de atuação igualitário", disse ele, em referência ao empreendedores que podem usar a Internet grátis para abrir ou aumentar seus negócios.

O serviço pode até mesmo ajudar a Colômbia, que tem 21 milhões de usuários no Facebook, na tentativa de encerrar uma guerra de 50 anos com rebeldes marxistas, disse Zuckerberg.

"Somente dar as pessoas as ferramentas de conectividade é intrinsicamente importante para gerar comunicação e estreitar o tecido social na criação da paz", disse o executivo.

© Reuters. Presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg

O Facebook fechou parceria com mais de 150 provedores de comunicação sem fio nos últimos quatro anos, com o objetivo de oferecer acesso gratuito ou com desconto a sua rede social, mas o novo aplicativo é o primeiro a agregar também outros serviços, além do próprio site da companhia.

Enquanto 85 por cento da população mundial vive em áreas com cobertura de telefonia móvel, apenas 30 por cento têm acesso à Internet. Cerca de 3 bilhões de pessoas possuíam acesso ao mundo online até o fim de 2014, segundo a União Internacional de Telecomunicações.

(Reportagem adicional de Julia Symmes Cobb)

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