Por Helena Soderpalm e Olof Swahnberg
ESTOCOLMO (Reuters) - A fabricante de equipamentos de telefonia celular Ericsson superou as previsões para o lucro operacional do terceiro trimestre nesta quinta-feira, impulsionada pelas vendas de equipamentos da próxima geração 5G na América do Norte, citando sólido progresso em direção às metas financeiras de longo prazo.
Marcando seu terceiro trimestre consecutivo de progresso substancial rumo às metas traçadas para 2020, a empresa informou que as vendas líquidas cresceram 9 por cento, para 53,8 bilhões de coroas suecas (6 bilhões de dólares), graças ao forte crescimento em seus negócios de redes.
O resultado foi impulsionado pelas vendas iniciais de 5G na América do Norte e 4G na Europa e na América Latina.
No entanto, o diretor financeiro, Carl Mellander, disse à Reuters que, como resultado desse forte desempenho, o aumento das vendas no quarto trimestre seria "alguns pontos percentuais menor" que o típico crescimento de 17 a 18 por cento sobre o terceiro trimestre, acrescentando que as vendas de rede na América do Norte deverão ficar estáveis na comparação trimestral.
A Ericsson prometeu entregar uma margem bruta de 37 a 39 por cento até 2020, meta que quase atingiu no terceiro trimestre, registrando 36,9 por cento, excluindo as despesas de reestruturação, superando a previsão de analistas de 36,2 por cento.
A margem operacional trimestral subiu para 6 por cento, contra 7,4 por cento negativos no ano anterior. O presidente-executivo, Borje Ekholm, disse estar confiante de que a Ericsson poderia produzir uma margem operacional de pelo menos 12 por cento para além de 2020.
O lucro operacional do último trimestre saltou para 3,2 bilhões de coroas (356,5 milhões de dólares), ante uma perda de 3,7 bilhões de coroas no mesmo período do ano passado, superando previsão média de lucro de 800 milhões de coroas, conforme uma pesquisa da Reuters com analistas.
"Este é um forte momento no mercado global de 5G, com os principais mercados avançando", afirmou Ekholm em comunicado. "Ainda há trabalho a ser feito, no entanto, para colocar todas as partes do negócio em um nível de desempenho satisfatório".
(Por Helena Soderpalm e Olof Swahnberg)