(Reuters) - O serviço de mensagens móveis Telegram, criado pelo exilado fundador da rede social mais popular da Rússia, emergiu como uma importante nova plataforma promocional e de recrutamento para o Estado Islâmico.
O serviço, estabelecido dois anos atrás, fez sucesso em muitas partes do mundo como uma maneira ultra segura de fazer um upload rápido e compartilhar vídeos, textos e mensagens de voz. Ele conta com 60 milhões de usuários ao redor do mundo.
Uma nova ferramenta do Telegram que foi introduzida em setembro se tornou o método preferido para o Estado Islâmico transmitir notícias e compartilhar vídeos de vitórias militares ou sermões, de acordo com pesquisadores de segurança.
O Estado Islâmico transformou o Telegram em seu porta-voz de mídia, em face do aumento agressivo de esforços para bloquear o grupo no Twitter e outras plataformas difundidas de mídias sociais.
Alex Kassirer, um analista contra o terrorismo da empresa priva de inteligência Flashpoint, sediada em Nova York, disse que o EI usa os canais de transmissão do Telegram para enviar mensagens que visam o recrutamento, a inspiração e a motivação.
O EI tem agora três ou quatro dúzias de canais por funções do Telegram, como um tipo de serviço de releases de imprensa, disse Rita Katz, diretora do serviço de monitoramento de extremistas SITE Intelligence Group, sediado em Bethesda, Maryland.
(Por Eric Auchard; reportagem adicional por Jeremy Wagstaff, Douglas Busvine e Jim Finkle)