Por David Shepardson
(Reuters) - A General Motors (NYSE:GM) está enfrentando resistência sobre pedido para que reguladores norte-americanos dispensem algumas normas de segurança em vigor no setor para tornar possível a implantação de uma frota de carros autônomos compartilhados.
A GM fez primeiramente o pedido de uma isenção temporária de dois anos em recursos como espelhos, luzes de advertência do painel e sinais de direção projetados para um motorista humano em uma petição protocolada na Administração Nacional de Segurança no Trânsito nas Estradas (NHTSA) em janeiro de 2018.
A maior montadora dos Estados Unidos informou que pretende implantar não mais do que 2.500 veículos elétricos Chevrolet Bolt modificados como parte de uma frota controlada de compartilhamento de veículos sob demanda, que deve ter sede em São Francisco, até o final de 2019.
Em março, a NHTSA disponibilizou a petição para comentários públicos para o prazo de 60 dias, que terminaram na segunda-feira.
Vários grupos, incluindo concessionárias de veículos e seguradoras, levantaram questões divulgadas publicamente nesta semana, pressionando a NHTSA a exigir mais dados, exigir cláusulas de segurança adicionais ou negar a petição da montadora.
A Associação Nacional de Seguradoras disse que veículos sem motorista, sem controles humanos, não devem ser permitidos em estradas públicas, até que os dados comprovem que os carros são seguros.
Os apoiadores do plano da GM incluem os grupos Mães contra Direção Alcoolizada, Federação Nacional dos Deficientes Visuais, a Associação da Indústria de Telecomunicações e Associações Americanas de Caminhões, que afirmam que os veículos autônomos têm o potencial de reduzir drasticamente o número de acidentes automotivos.
Mais de 37 mil pessoas morreram e 2,7 milhões ficaram feridas em 6,4 milhões de acidentes nas estradas dos EUA em 2017. A NHTSA diz que o erro humano é um fator crítico em mais de 90 por cento de todos os acidentes.