CINGAPURA/PEQUIM (Reuters) - O presidente executivo do Google, Sundar Pichai, não faz segredo sobre seu desejo de voltar à China via Google Play, a loja de aplicativos para seu sistema operacional de dispositivos móveis Android, mas é improvável que seja um retorno tranquilo.
O Google tirou amplamente seus serviços da China cinco anos atrás após se recusar a continuar autocensurando seus resultados de busca e, desde então, manteve uma presença limitada no maior mercado de Internet do mundo, mas a maior parte de seus serviços, incluindo a Play, tornou-se inacessível.
"O Google precisa estar na China, ponto. Uma vez na China, eles podem expandir em outros serviços. Eles precisam de um ponto de apoio, que é o Google Play", disse Andy Tian, presidente executivo da Asia Innovations, uma desenvolvedora de aplicativos chinesa e ex-executivo do Google.
O Google não quis comentar reportagens segundo as quais planeja ampliar sua Play Store na China este ano e, em vez disso, apontou para comentários que Pichai fez sobre explorar como trazer a Google Play para a China.
Mas Tian e outros dizem que o Google perdeu basicamente todo o território na maior parte de seus serviços principais, especialmente busca e transmissão de vídeos, para empresas chinesas como as gigantes da Internet Baidu (NASDAQ:BIDU), Tencent, Alibaba e Qihoo 360, que construíram seus próprios produtos e serviços para substituir ou até mesmo ultrapassar as ofertas do Google.
Na China e em outros lugares na Ásia, os centros de gravidade em aparelhos móveis se transferiram de lojas de aplicativos como ponto de controle de recursos como o envio de mensagens, que funcionam como portões para terceiros que fornecem serviços.
(Por Jeremy Wagstaff e Paul Carsten; reportagem adicional por Heather Somerville)