Por Ari Rabinovitch e Tova Cohen
TEL AVIV (Reuters) - Hackers invadiram os sistemas de mais de uma dezena de empresas de telecomunicações e roubaram grande quantidade de dados pessoais e corporativos, disseram nesta terça-feira pesquisadores de uma empresa de segurança cibernética, acrescentando que foram identificadas conexões com campanhas de espionagem cibernética da China.
Investigadores da empresa de cibersegurança Cybereason, dos Estados Unidso e de Israel, disseram que os hackers atingiram empresas em mais de 30 países e procuraram reunir informações sobre indivíduos de governos, da aplicação da lei e da política.
Os hackers também usaram ferramentas ligadas a outros ataques atribuídos pelos Estados Unidos e seus aliados ocidentais a Pequim, disse Lior Div, presidente-executivo da Cybereason.
"Para este nível de sofisticação, não é um grupo criminoso. É um governo que tem as competências para fazer esse tipo de ataque", disse ele à Reuters.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que não estava ciente do relatório, mas acrescentou que "nunca permitiríamos que alguém se envolvesse em tais atividades em solo chinês ou usando a infraestrutura chinesa".
A Cybereason se recusou a nomear as empresas afetadas ou os países em que opera, mas pessoas familiarizadas com as operações de hackers chineses disseram que Pequim estava cada vez mais atacando as empresas de telecomunicações na Europa Ocidental.
A Cybereason disse que várias ferramentas utilizadas pelos agressores foram usadas anteriormente por um grupo hacker chinês conhecido como APT10.
"Desta vez, ao contrário do passado, temos a certeza de dizer que o ataque se originou na China."
"Conseguimos encontrar não apenas um software, mas também encontramos mais de cinco ferramentas diferentes usadas por esse grupo específico", disse Div.