Por Sijia Jiang
HONG KONG (Reuters) - A Huawei Technologies disse nesta terça-feira que vai investir 2 bilhões de dólares nos próximos cinco anos para se concentrar em segurança cibernética, adicionando mais pessoal e atualizando suas instalações de laboratório, a fim de combater as preocupações globais com os riscos associados à segurança de seus equipamentos de rede.
A gigante da tecnologia chinesa tem estado nos noticiários nas últimas semanas por causa da prisão de sua vice-presidente financeira, Meng Wanzhou -que também é filha do fundador da empresa, Ren Zhengfei- no Canadá, a pedido dos Estados Unidos.
Isso exacerbou as dificuldades da empresa chinesa, que já foi praticamente bloqueada no mercado norte-americano e foi proibida pela Austrália e Nova Zelândia de construir redes 5G em meio a preocupações de que seus equipamentos poderiam facilitar a espionagem chinesa. A Huawei afirmou repetidamente que Pequim não tem influência sobre a empresa.
"Bloquear concorrentes de um mercado não pode ser melhor. Achamos que quaisquer preocupações ou alegações de segurança na Huawei devem se basear em evidências factuais... Sem evidência factual não aceitamos e nos opomos a essas alegações", disse Ken Hu, presidente do conselho rotativo,
A Huawei tem se comunicado com governos de todo o mundo com relação à independência de sua operação, disse o executivo. Hu acrescentou que o Japão e a França não proibiram formalmente seu equipamento de telecomunicações. Notícias recentes da mídia indicaram movimentos desses governos para evitar o equipamento da empresa.
Hu disse que a empresa assegurou mais de 25 contratos comerciais para 5G, um pouco acima dos 22 anunciados em novembro.
A companhia já enviou mais de 10 mil estações-base para quinta geração de comunicações móveis, disse ele, acrescentando que a Huawei espera que sua receita ultrapasse 100 bilhões de dólares em 2018, crescimento de 8,7 por cento em relação ao ano anterior.
(Por Sijia Jiang)