Por Aditi Shah
NOVA DÉLHI (Reuters) - A Índia planeja obrigar aplicativos de transporte como Uber (NYSE:UBER) e Ola a converterem 40% de sua frota em carros elétricos até abril de 2026, segundo uma fonte e registros de reuniões do governo para discutir as novas regras para uma mobilidade limpa.
Uber e Ola, ambas com investimento do Softbank, precisariam começar a converter sua frota já no próximo ano para alcançar 2,5% de eletrificação em 2021, 5% até 2022, 10% até 2023 antes de subir para 40%, segundo a fonte e os registros que foram analisados pela Reuters.
Alguns aplicativos de táxi, como o Ola, já tentaram operar com carros elétricos no país, mas com pouco sucesso, devido à infraestrutura inadequada e aos altos custos.
Nova Délhi, no entanto, está buscando impulsionar a nova política para aumentar a adoção de veículos elétricos, ao tentar reduzir as importações de petróleo e reduzir a poluição para cumprir seu compromisso como parte do tratado de mudança climática de Paris, em 2015.
O instituto de estudos indiano Niti Aayog, presidido pelo primeiro-ministro Narendra Modi e que desempenha um papel crucial na elaboração de políticas, está trabalhando com vários ministérios na nova política.
A vizinha China, que abriga o maior mercado de automóveis do mundo, já é líder global em eletrificação, definindo metas de venda de veículos elétricos para as montadoras e oferecendo incentivos para os operadores de táxi aumentarem sua frota de carros com combustível limpo.
As vendas de veículos elétricos na Índia cresceram três vezes, para 3.600 no ano encerrado em março, mas ainda respondem por cerca de 0,1% dos 3,3 milhões de carros a diesel e gasolina vendidos no país no período, mostraram dados da indústria. Enquanto isso, as vendas de carros elétricos da China aumentaram 62% em 2018, para 1,3 milhão de veículos.