Por Carolina Mandl
SÃO PAULO (Reuters) - A plataforma de comércio eletrônico Infracommerce contratou bancos de investimento para administrar uma oferta pública inicial de ações depois que a empresa atraiu uma avalanche de clientes em busca de vendas online com a crise gerada pela pandemia.
A empresa escolheu BTG Pactual (SA:BPAC11) e Itaú Unibanco (SA:ITUB4) para coordenar a oferta, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto. A Infracommerce não quis comentar o assunto.
Provedor de tecnologia, marketing, logística e pagamentos para marcas interessadas em vender online - muito semelhante à canadense Shopify - a Infracommerce viu um boom na demanda por seus serviços em meio às medidas de isolamento social.
Com base nas métricas de avaliação da Shopify, a Infracommerce pode chegar a valer mais de 1 bilhão de dólares, disse uma das fontes, já que a Shopify é negociada a mais de 750 vezes seu lucro nos últimos 12 meses, segundo dados da Refinitiv. Entre seus clientes estão Ambev (SA:ABEV3), Nike (NYSE:NKE) e Unilever (LON:ULVR), diz a empresa.
Os recursos arrecadados no IPO devem financiar o crescimento no Brasil, que tem sido maior do que o esperado devido aos efeitos da pandemia, de acordo com uma entrevista no ano passado com seu fundador, bem como a expansão internacional. A Infracommerce atua no México, Colômbia e Argentina, além do Brasil.
Fundada pelo alemão Kai Schoppen em 2012, a Infracommerce tem entre seus investidores os fundos de capital de risco Flybridge Capital Partners e Igah Ventures (ex-e.Bricks Ventures). Em 2019, na mais recente rodada de captação, a empresa atraiu também indivíduos de alta renda como Pedro Jereissati, acionista e conselheiro da rede de shoppings Iguatemi (SA:IGTA3), e Guilherme Weege, dono da confecção Malwee.