Por Steve Scherer
OTTAWA (Reuters) - Parlamentares do Canadá criticaram nesta segunda-feira o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, por ter recusado um convite para testemunhar sobre privacidade e democracia perante um painel internacional em Ottawa.
É o segundo ano que Zuckerberg e a chefe de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, ignoram convite para se dirigirem a um comitê de legisladores internacionais que investigam desinformação, privacidade e como proteger a democracia.
Zuckerberg e Sandberg receberão uma intimação formal caso "decidam ir ao Canadá para pescar", disse o canadense Charlie Angus, parlamentar do Partido de esquerda, Novo Democrata. Se eles não cumprirem, o parlamento poderia considerá-los desdenhosos, mas seria principalmente um movimento simbólico.
Nathaniel Erskine-Smith, parlamentar do Partido Liberal Canadense, disse que Zuckerberg escreveu um editorial há dois meses, no qual disse estar "ansioso" para discutir "com os legisladores de todo o mundo" os assuntos abordados pelo comitê.
"Se (Zuckerberg) fosse um indivíduo honesto ao escrever essas palavras, estaria sentado naquela cadeira hoje", disse Erskine-Smith.
Kevin Chan e Neil Potts, ambos diretores de políticas globais do Facebook, participaram da reunião do comitê e responderam às perguntas.