Por Leonardo Goy
BRASÍLIA (Reuters) - Os lotes que não foram arrematados no leilão de telefonia celular de quarta geração (4G) desta semana devem ficar de fora da venda de sobras de frequência já prevista para ocorrer até junho do ano que vem, disse o vice-presidente da Anatel Jarbas Valente, nesta quinta-feira.
Ele afirmou que esse leilão de sobras já está com os estudos encaminhados e o mais provável é que os lotes não arrematados no leilão 4G de terça-feira -um praticamente nacional e outro regional- sejam leiloados em outra ocasião.
Segundo o presidente da agência, João Rezende, como a liberação das frequências desses lotes já será paga pelos vencedores do leilão desta semana, uma eventual venda dos dois lotes que ficaram sem interessados na terça-feira poderia incluir esses valores de limpeza nos preços de outorgas.
Assim, segundo Rezende, o lote 4, que é praticamente nacional, custaria pelo menos 2,7 bilhões de reais, levando em conta o preço mínimo estabelecido para o leilão de terça-feira, de 1,893 bilhão de reais, e o custo de limpeza da faixa estimado em cerca de 887 milhões de reais. Esse custo é o valor previsto para ressarcir emissoras de radiodifusão que ocupam as frequências atualmente.
Rezende, porém, disse que a Anatel ainda não começou os estudos para um eventual leilão dessas faixas não vendidas.
O leilão de sobras de frequências a ser realizado até junho do ano que vem deve incluir, por exemplo, faixa de frequência de 1,8 GHz em São Paulo, que pertencia à Unicel.
A venda de lotes de frequência de 700 MHz para utilização pelo serviço 4G teve resultado abaixo do esperado, obtendo lances de cerca de 5,85 bilhões de reais ante estimativas do governo federal de cerca de 8 bilhões.