Por Toby Sterling
AMSTERDÃ (Reuters) - Um importante político holandês negou ter encontrado representantes do Uber (NYSE:UBER), em resposta a perguntas do parlamento sobre por que a empresa foi autorizada a reivindicar uma baixa provisória de 6,1 bilhões de dólares em impostos na Holanda.
As declarações do secretário de finanças do Estado, Menno Snel, acontecem com o governo iniciando campanha para corrigir a reputação de facilitador da evasão fiscal para multinacionais.
"Não monitoramos sistematicamente contatos entre funcionários (fiscais) e... empresas, mas em geral é verdade que esses contatos ocorrem", disse Snel em carta ao parlamento. "Quanto a mim, posso dizer que não tive contato com um representante da Uber".
Em comunicado em 9 de agosto, o Uber informou que transferiu uma subsidiária das Bermudas, que tem propriedade intelectual, para a Holanda", principalmente para alinhar sua estrutura às operações em evolução".
Sediado em São Francisco, o Uber controla sua operação internacional a partir de Amsterdã, onde agora tem mais de mil funcionários.
A empresa disse que a mudança na propriedade intelectual levou a um aumento de 6,1 bilhões de dólares em "ativos fiscais estrangeiros" - ou seja, custos de investimento que podem ser deduzidos de eventuais lucros. Em 8 de agosto, o Uber registrou um prejuízo operacional de 656 milhões de dólares.