PARIS (Reuters) - Quando a LVMH contratou o ex-executivo da Apple Music Ian Rogers para montar uma estratégia digital, os investidores podem ter esperado por resultados rápidos. Se o fizeram, eles provavelmente estão decepcionados.
Quase um ano depois, além da preparação de pessoal mais capacitado digitalmente e participação de uma feira de startups de tecnologia, seu impacto no maior grupo de produtos de luxo do mundo ainda precisa se fazer visível.
Desafiar mentalidades e prioridades na LVMH leva tempo, de acordo com fontes próximas ao grupo de 78 bilhões de euros controlado pelo homem mais rico da França, Bernard Arnault.
A estratégia online da LVMH parece inconsistente em seus mais de 70 negócios e marcas. Algumas marcas como Louis Vuitton e Fendi fizeram grandes progressos junto à varejista de cosméticos Sephora, mas Celine permanece como uma aparente retardatária.
Arnault contratou Rogers, um norte-americano de 44 anos que já trabalhou com a banda Beastie Boys, para desafiar a mentalidade digital de seus executivos. As rivais Prada e Hermes estão revitalizando seus sites para fornecer uma gama mais ampla de produtos e fazer uma comunicação melhor da marca através de vídeos, fotos e desenhos, além de outros conteúdos digitais.
As vendas online se tornaram o motor de crescimento mais importante do setor. Analistas esperam que as transações representarão 20 por cento de todas as vendas de luxo em uma década, acima dos 7 a 8 por cento atualmente. As vendas totais da LVMH pela internet somam menos de 5 por cento, eles estimam.
(Por Astrid Wendlandt)