BENGALURU (Reuters) - Organizadores de conferências e eventos comerciais estão se beneficiando com a mudança na alocação de orçamentos de marketing, com companhias investindo menos em anúncios publicitários e mais em eventos que permitem a conexão direta com os clientes.
A empresa de pesquisas e consultoria Outsell prevê que os orçamentos corporativos para eventos voltados a negócios entre empresas no gigante mercado norte-americano vão crescer 4 por cento, para 28 bilhões de dólares este ano, ultrapassando o crescimento geral de 3,5 por cento do orçamento para publicidade.
A empresa listada em Londres Informa, a UBM e a ITE estão entre as empresas que organizam eventos sobre tendências do momento, como o crescimento do número de bebês da China ou a segurança cibernética.
"Eu não acredito mais em revistas corporativas. Eu acho que ninguém as tira do plástico. A revista é entregue mas ninguém abre", disse Toby Roberts, cuja empresa, a Safety Media, oferece cursos de saúde e segurança.
Falando à Reuters no IFSEC, da UBM, maior evento de segurança da Europa, ele disse: "Eventos são uma ótima maneira de conseguir quantas pessoas quanto possível".
A Safety Media, que tem receita de 4 milhões de libras, gasta metade de seu orçamento neste evento, que ano passado rendeu 380 clientes.
Enquanto a disputa entre os meios de comunicação tradicionais e online conquistou as manchetes, as empresas muitas vezes não confiam que a publicidade nesses meios se traduza em vendas - daí a mudança para eventos que permitem o contato presencial com potenciais clientes, concorrentes e talentos.
"A realidade está (outras formas de marketing estão) ficando muito mais misteriosa. Se você tem um orçamento de marketing de um milhão de libras, metade é desperdiçada, mas você não sabe qual metade", disse Errol Taylor, expositor em um dos eventos da IFSEC e CEO da Sociedade Real para Prevenção de Acidentes.
O mercado de eventos globais era de 25,6 bilhões de dólares em 2015, de acordo com a empresa de pesquisa AMR International, que prevê que o setor crescerá cerca de 4,6 por cento ao ano até 2020.
(Por Esha Vaish e Noor Zainab Hussain; reportagem adicional por Alasdair Pal)