(Reuters) - A Netflix Inc (NASDAQ:NFLX) anunciou o primeiro aumento de tarifas mensais nos Estados Unidos em dois anos nesta quinta-feira, elevando o custo de dois dos seus três principais planos de assinatura, em meio a fortes gastos com a produção de conteúdo original.
O preço do plano intermediário, que permite a transmissão em dois dispositivos ao mesmo tempo, foi elevado para 10,99 dólares por mês, ante 9,99 dólares.
O plano top, que permite a transmissão em quatro telas ao mesmo tempo em alta definição, subiu para 13,99 dólares por mês, ante 11,99 dólares. A taxa do plano básico permaneceu em 7,99 dólares.
O aumento de preços acontece em um momento em que a empresa investe fortemente na produção de conteúdo original e expansão internacional.
As ações da companhia chegaram a subir 4,5 por cento, atingindo novo recorde a 192,8 dólares, nesta quinta-feira.
"A maioria dos investidores acredita que a Netflix tem um preço bem abaixo de seu valor para os consumidores e quer que a gerência continue a aumentar a monetização", disse o analista da Rob Sanderson, da MKM Partners.
Em 2011, a Netflix elevou os preços para alguns clientes em até 6 dólares, fazendo com que mais de 800 mil assinantes dos EUA abandonassem o serviço.
Uma mudança mais gradual em 2014 não provocou a mesma indignação.
A Netflix é mais barata que muitos dos seus concorrentes, apesar do aumento de preços atual. A HBO Now, o serviço de transmissão autônomo da HBO que oferece acesso programas como "Game of Thrones" e "Veep", tem um preço de 14,99 dólares por mês, enquanto a assinatura do plano do Hulu sem comercias sai por 11,99 por mês.
Os preços mais elevados da Netflix atingem apenas os clientes dos Estados Unidos, e devem entrar em vigor em meados de novembro.
(Por Supantha Mukherjee)