Por Eric Auchard
FRANKFURT (Reuters) - A companhia norueguesa Opera está lançando uma nova versão de seu navegador de Internet para computadores que promete carregar páginas da Web mais rápido ao incorporar um bloqueador de anúncios.
Carregamento mais rápido, maior privacidade e segurança e o desejo de menos distrações estão por trás da crescente demanda de usuários por bloqueadores de anúncios.
No entanto, sua popularidade está afetando o crescimento do marketing online para as donas de sites e marcas corporativas, que dependem de atingir usuários da Internet e dispositivos móveis para obterem pagamento pelo seu conteúdo em vez de restringirem o acesso a assinantes pagos.
A Opera tem um histórico de lançar inovações que depois se tornaram comuns em importantes navegadores, como a divisão em abas e o bloqueio de pop-ups.
"A tecnologia de bloqueio de anúncios é uma oportunidade e um alerta para a indústria de publicidade para que preste atenção no que os consumidores estão dizendo", disse uma porta-voz da Opera.
A Opera disse que pode reduzir o tempo de carregamento de páginas em até 90 por cento ao eliminar o procedimento complexo que ocorre em um navegador quando várias redes de anúncios de terceiros entregam mensagens promocionais a usuários.
A companhia norueguesa, que fechou acordo para ser comprada por 1,23 bilhão de dólares por um grupo de empresas chinesas lideradas pela Beijing Kunlun Tech, lançou seu primeiro browser para computadores em 1995.
Um estudo publicado pela PageFair e Adobe estimou que a receita publicitária online perdida para bloqueadores no ano passado somou 21,8 bilhões de dólares e estas perdas poderão dobrar para 41,4 bilhões este ano. A empresa de inserção de anúncios Carat prevê que a receita global digital e móvel vai se aproximar de 150 bilhões de dólares em 2016.