LONDRES (Reuters) - O Facebook (NASDAQ:FB) ficou sob críticas de parlamentares de diversos países nesta terça-feira, que acusaram a empresa de enfraquecer instituições democráticas e repreenderam o presidente Mark Zuckerberg por não responder perguntas sobre o tema.
O Facebook está sendo investigado por parlamentares do Reino Unido após a consultoria Cambridge Analytica, que trabalhou na campanha presidencial de Donald Trump, obter dados pessoais de 87 milhões de usuários do Facebook de um pesquisador, chamando atenção para uso de dados analíticos em política.
Preocupações sobre as práticas da gigante de redes sociais, o papel de anúncios políticos e possível interferência na votação do Brexit em 2016 e nas eleições dos EUA estão entre os temas sendo investigados por reguladores europeus e britânicos.
Enquanto o Facebook afirma que cumpre as leis de proteção de dados da UE, um painel especial de parlamentares de diversos países em Londres criticou Zuckerberg por se negar a aparecer pessoalmente para questionamentos sobre o tema.
"Nunca vimos nada como o Facebook, onde, enquanto brincávamos nos nossos celulares e aplicativos, nossas instituições democráticas... parecem ter sido viradas por garotos bilionários de fraternidades da Califórnia", disse o parlamentar canadense Charlie Angus.
"Então a decisão do sr. Zuckerberg de não aparecer aqui em Westminster (Parlamento britânico) me diz muita coisa."
(Por Alistair Smouth)