Por Gwénaëlle Barzic
PARIS (Reuters) - A proibição de compra de equipamentos de telecomunicações de empresas chinesas adicionará cerca de 62 bilhões de dólares ao custo de redes 5G na Europa e atrasará a tecnologia em 18 meses, segundo uma análise da indústria vista pela Reuters.
A decisão do governo dos Estados Unidos surge enquanto as operadoras de telecomunicações em todo o mundo se preparam para a chegada da próxima geração de tecnologia móvel, ou 5G, que promete internet móvel ultrarrápida para os capazes de realizar o pesado investimento necessário em redes e equipamentos.
A estimativa é parte de um relatório do grupo de lobby de telecomunicações GSMA, que representa os interesses de 750 operadoras de telefonia móvel.
O GSMA já mostrou receios sobre as consequências de uma proibição total da Huawei, cujos produtos são comprados por operadoras na Europa. A Huawei é uma das principais apoiadoras do grupo de lobby, disseram várias fontes do setor.
A estimativa de 62 bilhões de dólares reflete o total de custos adicionais implícitos por uma proibição total de compras da Huawei e da chinesa ZTE para a implantação de redes 5G na Europa.
Os dois fornecedores chineses têm uma participação de mercado combinada na União Europeia superior a 40%.
"Metade disso (do custo adicional) deve-se ao fato de as operadoras europeias serem impactadas pelos custos mais altos de implantação após uma significativa perda de concorrência no mercado de equipamentos móveis", disse o relatório.