Por John Ruwitch
XANGAI (Reuters) - O crescimento da receita do segundo trimestre da gigante de comércio eletrônico chinesa Alibaba deve ter despencado para a metade de um ano antes, comprometendo as esperanças de que o gasto do consumidor vai moderar a desaceleração da segunda maior economia do mundo.
Pequim espera que o consumo privado preencha a lacuna deixada pelas exportações em queda enquanto tenta reequilibrar a economia --agora a caminho de seu crescimento anual mais lento em 25 anos-- para longe da dependência do comércio e gastos governamentais.
Mas os resultados do segundo trimestre da Alibaba, que serão divulgado na terça-feira, devem escurecer ainda mais as já sombrias expectativas para os gastos do consumidor, que responderam por 60 por cento do crescimento econômico chinês no primeiro semestre deste ano.
"Muita atenção será prestada para a desaceleração do crescimento do volume da Alibaba", disse Gil Luria analista do Wedbush Securities.
Dados medíocres da companhia que está por trás da maior e mais bem-sucedida plataforma de comércio eletrônico da China podem providenciar mais força para aqueles que preveem que a China está a caminho de um pouso forçado econômico muito maior do que os números oficias sugerem.
Já tendo alertado em setembro sobre uma desaceleração maior do que a esperada nas vendas, a previsão é de que a receita da companhia nos três meses encerrados em setembro tenha sido de 21,3 bilhões de iuanes (3,35 bilhões de dólares), de acordo com dados da Thomson Reuters analisando previsões de 28 analistas.
Isso representaria um aumento de 26,7 por cento em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, quando o crescimento anual estava em 53,7 por cento.
(Reportagem adicional por Paul Carsten)