SEUL (Reuters) - A Samsung Electronics estimou que o lucro operacional do terceiro trimestre saltou 20 por cento para um nível recorde, impulsionado por forte demanda na unidade de semicondutores e ganhos de produtividade.
Mas um forte recuo nos preços de alguns tipos de chips levaram ao fim de um super ciclo de dois anos de oferta apertada e demanda crescente, e alguns analistas esperam que o trimestre de julho a setembro marque o auge nos resultados do grupo sul-coreano.
A competição gerada por celulares chineses mais baratos e custos maiores com marketing também indicam que uma iminente recuperação da unidade de smartphones da Samsung é improvável.
"A queda nos preços de chips vai pressionar o lucro e vendas de smartphones não são satisfatórias, e vão continuar a prejudicar as margens", disse Song Myung-sup, analista sênior na HI Investment & Securities.
Os resultados preliminares do terceiro trimestre da maior produtora de chips de memória e de smartphones do mundo, entretanto, são fortes. O lucro operacional subiu 20,4 por cento, para 17,5 trilhões de wons (15,5 bilhões de dólares), com ala de 4,8 por cento na receita, em linha com expectativas do mercado.
A empresa vai divulgar os números detalhados do resultado no final do mês.
Chips representam quase 80 por cento do lucro operacional da Samsung e a companhia tem se beneficiado de um salto na demanda por processadoras de memória DRAM, gerada por centrais de processamento de dados usadas em serviços de computação em nuvem.
Mas os preços de chips NAND, usados em armazenagem de dados no longo prazo, despencaram, uma vez que a oferta supera a demanda. Os preços de chips DRAM também devem seguir a tendência, embora em um ritmo muito mais lento.
A ação da Samsung perdeu 12 por cento de seu valor até agora neste ano por causa das preocupações sobre os preços de chips. Enquanto isso, analistas esperam que a divisão de celulares da companhia enfrente dificuldades para entregar lucro nos próximos dois trimestres.
A Samsung tem trabalhado em celulares com telas dobráveis, mas os aparelhos não devem ser grandes geradores de lucro para a empresa.
"A divisão de celulares vai continuar mal. Os celulares dobráveis da Samsung não serão significativos em termos de vendas, mas vão representar um movimento simbólico em termos de inovação", disse Park Sung-soon, analista na BNK Securities.
(Por Heekyong Yang e Ju-min Park)