Por Nadine Schimroszik
LEIPZIG, Alemanha (Reuters) - A empresa alemã de software SAP disse que planeja oferecer mais suporte para ajudar clientes relutantes a migrar para seu mais recente pacote para negócios em nuvem, uma transição crucial para sua lucratividade futura.
Na Alemanha, que responde por 14 por cento das vendas globais da empresa, apenas 10 por cento dos clientes estão dispostos a levar seus principais processos para a nuvem, de acordo com uma pesquisa do grupo de usuários do DSAG, que sediou uma conferência em Leipzig esta semana.
A SAP, empresa de tecnologia mais valiosa da Europa, tenta acelerar a adoção de seu pacote em nuvem premium S/4HANA, para substituir software executado em servidores locais que pretende eliminar até meados da próxima década.
Alcançar a escala como uma empresa de plataforma é vital para a SAP expandir suas margens, ao mesmo tempo que perde as gordas taxas de licenciamento obtidas com o seu tradicional software de planejamento corporativo, usado para administrar departamentos financeiros e cadeias de suprimento.
"Queremos reduzir tanto os custos para nossos clientes quanto o tempo necessário para implementar o novo software", disse à Reuters Uwe Grigoleit, vice-presidente global da SAP.
Apenas 41 por cento dos principais clientes SAP pesquisados esperam concluir a transição para o S/4HANA até 2025, ano em que a empresa planeja deixar de atender seu software corporativo Business Suite.
O restante das empresas quer manter a execução dos principais processos em seus próprios servidores, disse Marco Lenck, membro do conselho da DSAG, durante a conferência, alertando os provedores de tecnologia que eles não deveriam forçar o mercado a adotar apenas produtos em nuvem.
"Muitos usuários estão preocupados que os serviços em nuvem possam não cobrir todos os processos de negócios", disse ele.
A SAP deve divulgar os resultados financeiros do terceiro trimestre na quinta-feira. Os analistas estarão ansiosos para ouvir uma atualização sobre seu avanço em vendas e marketing, onde compete, entre outros, com a Salesforce, que oferece apenas serviços em nuvem.
(Por Nadine Schimroszik)