BRUXELAS (Reuters) - A Spotify (NYSE:SPOT) apresentou uma queixa aos reguladores antitruste da União Européia contra a Apple (NASDAQ:AAPL), alegando que a companhia norte-americana limita injustamente rivais.
A Spotify, que iniciou operações um ano após a chegada do iPhone em 2007, informou nesta quarta-feira que o controle da App Store pela Apple privou os consumidores de fornecedores rivais de streaming de áudio para o benefício da Apple Music, que começou a operar em 2015.
A reclamação da Spotify, registrada na Comissão Européia na segunda-feira, é contra uma taxa de 30 por cento que a Apple cobra dos provedores de serviços baseados em conteúdo para usarem o sistema de compras no aplicativo da Apple (IAP).
Horacio Gutierrez, diretor jurídico da Spotify, disse que a empresa foi pressionada a usar o sistema de cobrança em 2014, e depois foi forçada a aumentar a mensalidade dos usuários de 9,99 para 12,99 euros, exatamente enquanto a Apple Music era lançada com preço inicial 9,99 antes cobrado pela Spotify.
A Spotify então interrompeu o uso do sistema IAP da Apple, o que fez com que os usuários da empresa só pudessem atualizar o serviço para um pago por vias indiretas, como um notebook.
Sob as regras da App Store, disse a Spotify, os aplicativos baseados em conteúdo não podem incluir botões ou links externos para páginas com informações de produção, descontos ou promoções e enfrentam dificuldades para corrigir bugs. Tais restrições não se aplicam aos telefones Android, afirmou.
"Promoções são essenciais para nossos negócios. É assim que conseguimos converter usuários gratuitos para pagos", disse Gutierrez.
"Temos confiança na análise econômica que enviamos à Comissão, que indica que teríamos nos saído muito melhor do que saímos até agora", acrescentou.
(Por Philip Blenkinsop)