SÃO PAULO (Reuters) - A startup norte-americana PayJoy, que aceita smartphones como garantia para oferta de crédito, está iniciando operações no Brasil, apostando principalmente na população desbancarizada.
A exemplo do que faz em outros 20 países, incluindo México e Índia, a companhia criada em 2015 chega ao Brasil em busca de parcerias com operadoras de telecomunicações, fintechs e grandes varejistas para viabilizar acesso a crédito para indivíduos sem acesso a banco ou com restrições de crédito.
Na maior parte dos casos, os financiamentos são para a compra do próprio aparelho, mas aparelhos também podem ser usados como garantia para obtenção de empréstimo pessoal. Em caso de não pagamento as empresas podem limitar o uso das funcionalidades dos aparelhos e de aplicativos.
"A ideia é tornar o crédito mais acessível para um grande público sem acesso a banco", disse à Reuters Mark Heynen, um dos
cofundadores da PayJoy. Outro sócio do negócio é Doug Ricket, ex-funcionário do Google (NASDAQ:GOOGL) Maps. A empresa já recebeu cerca de 70 milhões de dólares por parte de fundos de capital de risco.
A companhia vale de dados do Banco Mundial, que apontam que quase um terço da população brasileira não tem conta bancária, cerca de 67 milhões de pessoas, ao mesmo tempo em que 92% da população tem acesso a um telefone celular.
Para Heynen, o modelo permite aumento das vendas de varejistas que vendem eletrônicos.
A PayJoy chega ao país às vésperas do Black Friday, que tem se tornado uma tradicional data do varejo no país, e das vendas de Natal.
(Por Aluísio Alves)