Por Robert Frank
ERIE, Estados Unidos (Reuters) - Um suspeito de assassinato que a polícia disse ter publicado no Facebook um vídeo da morte de um homem da cidade norte-americana de Cleveland se matou com um tiro depois de uma "perseguição breve" de agentes da Polícia Estadual da Pensilvânia nesta terça-feira, informou a corporação.
Steve Stephens foi acusado de balear Robert Godwin Sr., de 74 anos, em uma calçada no domingo e depois fugir em um carro e postar um vídeo do assassinato no Facebook, tornando-se o foco de uma caçada de âmbito nacional.
Os policiais estaduais encontraram Stephens no condado de Erie, na Pensilvânia, depois de receberem uma pista do público segundo a qual seu Ford Fusion branco estava estacionado diante de um restaurante McDonald´s, disse Calvin Williams, chefe de polícia de Cleveland, em uma entrevista coletiva.
Após uma perseguição breve, Stephens parou o veículo, relatou Williams.
"Enquanto os policiais se aproximavam do veículo, Steve Stephens tirou a própria vida", disse. "Teríamos preferido que não tivesse terminado desta maneira", acrescentou, dizendo que ele e a comunidade teriam tido "muitas perguntas" para Stephens.
Stephens, que não tinha ficha criminal, não era suspeito de nenhum outro assassinato, segundo a polícia, mas disse em outro vídeo publicado no Facebook no domingo que já havia matado uma dúzia de pessoas.
O vídeo é a filmagem mais recente de um crime violento a surgir no Facebook, provocando questionamentos sobre como a maior rede social do mundo modera seu conteúdo.
A empresa irá fazer tudo que puder para evitar conteúdos como a postagem de Stephen, disse o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, na conferência anual da companhia para desenvolvedores de software em San Jose, nesta terça-feira.