LISBOA (Reuters) - Milhares de motoristas de táxi portugueses bloquearam o acesso ao aeroporto internacional de Lisboa nesta segunda-feira para protestar contra os planos do governo para regulamentar os serviços de transporte por aplicativo como o Uber e prometeram manter o bloqueio até que as demandas sejam atendidas.
As pessoas que chegaram a Lisboa ficaram enfileiradas por horas para comprar passes de metrô para o centro da cidade, com os manifestantes impedindo que os rivais do norte-americano Uber e do espanhol Cabify chegassem ao aeroporto, atacando aqueles que tentavam pegar ou deixar passageiros com pedras. Vários carros foram seriamente danificados.
Em um momento, os manifestantes entraram em confronto com a polícia, que utilizou gás lacrimogêneo e prendeu três taxistas. A violência diminuiu quando representantes do sindicato dos motoristas foram convocados a conversar com o ministro do Meio Ambiente, João Pedro Fernandes.
Mas Carlos Ramos, chefe da Federação Portuguesa de Táxi, disse a repórteres após a reunião que tudo o que os sindicatos obtiveram do governo foi "um punhado de nada" e que os manifestantes não deixarão a área do aeroporto.
O ministro afirmou que embora a reunião tenha sido produtiva, "profundas divergências permaneceram" em relação às exigências dos motoristas para impor limites no número de carros não identificados como táxis, o que poderia dar aos táxis uma vantagem. Ele não disse se e quando uma próxima reunião seria agendada.
(Por Andrei Khalip)