DALLAS, Estados Unidos (Reuters) - O presidente-executivo do Facebook, Marck Zuckerberg, testemunhou em um tribunal de Dallas, nos Estados Unidos, nesta terça-feira, e negou uma alegação de uma empresa rival de que a tecnologia de realidade virtual da unidade Oculus, adquirida pela rede social, foi roubada.
Zuckerberg, que usou um terno escuro e gravata em vez da tradicional camiseta e calça jeans, rebateu acusações do advogado da editora de videogames ZeniMax Media.
A ZeniMax processou a Oculus em 2014, quando o Facebook estava em processo de compra da startup por 2 bilhões de dólares. A editora afirmou que a Oculus conseguiu acesso ilegal à propriedade intelectual da ZeniMax enquanto estava desenvolvendo o sistema de realidade virtual que inclui o headset Rift.
Zuckerberg afirmou no tribunal lotado que as acusações são falsas. "Os produtos Oculus são baseados em tecnologia da Oculus", afirmou o presidente do Facebook.
Ao ser questionado pelo advogado da ZeniMax Tony Sammi, o bilionário de 32 anos descreveu os investimentos do Facebook em realidade virtual. Zuckerberg afirmou que a compra da Oculus incluiu não apenas o preço de 2 bilhões de dólares, mas também 700 milhões de dólares para manter funcionários e 300 milhões de dólares em pagamentos de bônus por cumprimento de metas.
Zuckerberg afirmou que o acordo com a Oculus foi concluído durante um fim de semana de 2014 e que na época ele não estava ciente das acusações contra a Oculus.
"É muito comum quando você anuncia um grande acordo que pessoas simplesmente apareçam afirmando que detêm parte do negócio", disse Zuckerberg.
O processo, que está em seu sexto dia de julgamento, refere-se em parte ao programador John Carmack.
Conhecido por ajudar a conceber videogames como "Quake" e "Doom", Carmack trabalhou para a id Software antes da companhia ser comprada pela ZeniMax. Ele é atualmente o vice-presidente de tecnologia da Oculus.
Zuckerberg negou que Carmack tenha usado código de programação de seu emprego anterior para ajudar a Oculus de maneira injusta. "Não há código compartilhado no que fazemos", disse o presidente do Facebook.
(Por Lisa Maria Garza)