MILÃO (Reuters) - A Telecom Italia prometeu acelerar cortes de custos, aumentar retornos a acionistas, reduzir dívida e elevar o lucro operacional a partir do próximo ano, no primeiro plano estratégico de três anos comandado pelo novo presidente-executivo, Luigi Gubitosi.
A TIM (SA:TIMP3) está envolvida em uma batalha desde o início do ano passado entre os principais acionistas Vivendi (PA:VIV) e o fundo ativista Elliott sobre a estratégia de recuperação de resultados do grupo controlador da TIM no Brasil, que tem dívidas de 25 bilhões de euros.
O grupo italiano afirmou que vai reformular seus negócios na Itália e expandir no Brasil, além de buscar várias iniciativas para destravar valor de suas operações.
As medidas incluem um acordo de compartilhamento de rede com a Vodafone (LON:VOD) na Itália e negociações com a operadora rival de banda larga Open Fiber sobre "todas as opções possíveis incluindo uma combinação total de negócios em rede fixa".
A Telecom Italia afirmou que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) e receitas de serviços vão cair um dígito baixo este ano, mas crescerão um dígito baixo em 2020 e 2021.
A companhia teve queda de 3,6 por cento no faturamento em 2018, para 19,1 bilhões de euros, praticamente em linha com expectativa de analistas. O Ebitda orgânico, que exclui eventos não recorrentes, caiu 3,4 por cento, para 8,1 bilhões de euros, também dentro do esperado.
Para a TIM, a previsão de margem Ebitda de 40 por cento em 2020 foi mantida dentro do plano estratégico da empresa que envolve o período de 2019 a 2021. Em 2018, a margem Ebitda da operadora brasileira foi de 38,5 por cento após 36,6 por cento em 2017.
(Por Agnieszka Flak)