Por Doina Chiacu
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o Twitter nesta quinta-feira de restringir a visibilidade de republicanos renomados sem apresentar provas e prometeu investigar.
Usuário ávido da rede social, Trump acusou a empresa de visar correligionários com uma prática conhecida como "shadow banning", que faz com que só o usuário veja seus posts na barra de pesquisa da plataforma. O Twitter negou sujeitar qualquer usuário à prática.
As ações do Twitter – já mais baixas na movimentação anterior ao pregão na esteira da divulgação de lucros decepcionante do Facebook (NASDAQ:FB) na quarta-feira, que freou o entusiasmo por ações de tecnologia e redes sociais –recuaram cerca de 3 por cento na manhã desta quinta-feira.
"O Twitter está praticando 'SHADOW BANNING' contra republicanos proeminentes. Nada bom. Analisaremos essa prática discriminatória e ilegal de imediato!", tuitou Trump.
Não ficou claro se Trump planeja pedir que agências reguladoras federais investiguem. A Casa Branca não respondeu a um pedido de comentário.
O Twitter não comentou diretamente o tuíte presidencial, mas disse em um comunicado que não pratica "shadow banning".
"Estamos cientes de que algumas contas não estão se atualizando automaticamente em nossa barra de pesquisa, e estamos preparando uma mudança para tratar disso", informou, acrescentando que a tecnologia usada se baseia no comportamento do usuário, não em opiniões políticas.
Trump é um usuário célebre e frequente do Twitter, oferecendo opiniões, anunciando diretrizes e muitas vezes atacando adversários na plataforma – mas alguns de seus apoiadores vêm dizendo há meses que candidatos republicanos e conservadores estão sendo coibidos nas redes sociais.