Por Jim Finkle e David Ingram
(Reuters) - O Twitter disse nesta sexta-feira que tem proibido anúncios da Kaspersky Lab, de Moscou, dizendo que o modelo de negócios da empresa de segurança cibernética conflitua com as regras de publicidade e citando alegações do governo dos Estados Unidos de que a Kaspersky tem laços com agências de inteligência russas.
O Twitter confirmou a proibição em um email à Reuters depois que o co-fundador da Kaspersky Lab, Eugene Kaspersky, divulgou o desenvolvimento em publicação nesta sexta-feira, dizendo que a empresa soube da proibição no início de janeiro.
A proibição sucede acusações de Washington de que a Kaspersky Lab tem laços estreitos com agências de inteligência em Moscou e que seu software poderia ser usado para permitir a espionagem russa, o que levou o governo Trump a proibir seus produtos nas redes do governo dos EUA.
A Kaspersky Lab negou repetidas vezes essas alegações, dizendo que abrirá seu código para inspeção, de modo que os especialistas possam procurar vulnerabilidades em seus produtos que possam ser exploradas por agências de inteligência, e pediu a um tribunal federal dos EUA que anule a proibição dos EUA.
Eugene Kaspersky disse em seu blog que ficou surpreso com a proibição do Twitter e pediu à empresa para reconsidera a decisão.
"Não violamos nenhuma regra escrita --ou não-- e nosso modelo de negócios é simplesmente o mesmo modelo de negócios usado em toda a indústria de segurança cibernética: fornecemos produtos e serviços aos usuários e eles nos pagam por eles", disse ele.
A empresa russa disse em comunicado por email que o Twitter era a única empresa de mídia social a proibir seus anúncios. Mas outras empresas de mídia social tomaram medidas em relação à Kaspersky Lab.
(Por Jim Finkle e David Ingram)