Por Munsif Vengattil e Elizabeth Culliford
(Reuters) - A conta da campanha eleitoral do presidente dos EUA, Donald Trump, no Twitter foi desbloqueada nesta quinta-feira, após a empresa tê-la restringido temporariamente, dizendo que um vídeo da conta sobre o filho do candidato democrata à presidência Joe Biden violou suas regras.
O vídeo postado pela conta @TeamTrump referia-se a uma matéria do New York Post de quarta-feira que continha supostos detalhes das negociações comerciais de Hunter Biden com uma empresa de energia ucraniana e disse que o ex-vice-presidente se encontrou com um consultor da empresa.
A campanha Trump, com 2,2 milhões de seguidores, disse em um novo tuíte que estava "republicando o vídeo que o Twitter não quer que vocês assistam". O Twitter não respondeu a um pedido de comentário sobre o motivo do desbloqueio da conta.
"Joe Biden é um mentiroso que vem roubando nosso país há anos", trazia a legenda do vídeo.
O Twitter disse anteriormente que o vídeo violou suas regras contra a publicação de informações privadas, acrescentando que a conta pode precisar deletar o post para continuar tuitando.
"Tudo vai acabar em um grande processo e há coisas que podem acontecer que são muito graves que eu prefiro não ver acontecer, mas provavelmente vai ter que acontecer", disse Trump, quando questionado sobre a mudança pelo Twitter.
O Twitter disse na quarta-feira que a matéria do Post violou sua política de "materiais hackeados", que proíbe a distribuição de conteúdo obtido por meio de ataque hacker que contenha informações privadas ou segredos comerciais, ou que coloque as pessoas em risco de danos físicos.
O Facebook e o Twitter tomaram medidas na quarta-feira para restringir a disseminação da matéria do Post.
O Twitter impôs restrições semelhantes à conta da secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, na quarta-feira, depois que ela compartilhou a história do Post.
Outros usuários do Twitter, incluindo um jornalista, disseram que suas contas foram suspensas porque postaram um link para a história do New York Post. As contas foram desbloqueadas depois que excluíram os tuítes.
Depois que o Twitter impôs as restrições, o Comitê Judiciário do Senado dos Estados Unidos intimou o presidente-executivo do Twitter, Jack Dorsey.
O presidente do comitê, Lindsey Graham, e os senadores republicanos Ted Cruz e Josh Hawley disseram que o comitê votará sobre o envio da intimação na terça-feira, 20 de outubro e planeja ter Dorsey diante do comitê até 23 de outubro.
Dorsey disse no Twitter na quarta-feira que "nossa comunicação sobre nossas ações no artigo @nypost não foi ótima."