Por Anthony Deutsch e Michelle Nichols
AMSTERDÃ/NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Um inquérito realizado pela agência reguladora global de armas químicas comprovou o uso de sarin em um ataque lançado em março contra uma cidade da Síria dominada pela oposição poucos dias antes de o agente nervoso matar dezenas de pessoas em um ataque separado nas proximidades, disseram fontes à Reuters nesta quarta-feira.
O ataque aéreo de 30 de março em Latamneh, no norte sírio, feriu cerca de 70 pessoas que tiveram sintomas como náusea, espuma na boca e espasmos musculares.
"Os resultados das análises de amostras mostram a presença clara de sarin", disse uma fonte à Reuters a respeito das descobertas da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq). O relatório da Missão de Levantamento de Dados da Opaq para a Síria deve ser finalizado dentro de semanas.
Em junho a missão relatou que o sarin foi usado em um ataque de 4 de abril que matou dezenas de pessoas e levou os Estados Unidos a dispararem mísseis contra uma base aérea síria.
A Síria concordou em destruir suas armas químicas em 2013, conforme um acordo mediado pela Rússia e pelos EUA. Damasco vem negando continuamente o uso de armas químicas durante a guerra civil de mais de seis anos no país.