Por Ted Hesson
WASHINGTON (Reuters) - A agência de migração das Nações Unidas anunciou nesta segunda-feira que pretende arrecadar 7,9 bilhões de dólares este ano por meio de um novo impulso de financiamento para reforçar a busca de proteger os migrantes, reduzir o deslocamento e expandir os caminhos para migrar legalmente.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM), com sede em Genebra, está buscando recursos de governos, empresas do setor privado e doadores individuais, de acordo com o anúncio.
"A evidência é esmagadora de que a migração, quando bem administrada, é um dos principais contribuintes para a prosperidade e o progresso global", disse a diretora-geral da OIM, Amy Pope, em uma declaração por escrito. "Nós podemos e devemos fazer melhor."
O esforço de financiamento ocorre no momento em que o número de pessoas forçadas a se deslocar chegou a 117 milhões até o final de 2022, incluindo um recorde de 71 milhões de pessoas deslocadas à força dentro de seus próprios países, disse a OIM em um relatório que acompanha o apelo.
A imigração ilegal e o asilo se tornaram questões políticas polêmicas na Europa, nos Estados Unidos e em outros países na última década, à medida que mais migrantes têm feito viagens perigosas pelo Mediterrâneo e pela fronteira entre os EUA e o México.
Pope, ex-autoridade sênior da Casa Branca, assumiu o comando da IOM em outubro de 2022, comprometendo-se a fazer parcerias com o setor privado para tratar de questões de migração.
Como parte de sua meta de arrecadação de fundos, a OIM está buscando 2,7 bilhões de dólares para evitar o deslocamento forçado, inclusive nos casos em que as pessoas se deslocam devido às mudanças climáticas.
(Reportagem de Ted Hesson em Washington)