WASHINGTON (Reuters) - A Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos coletou mais de 151 milhões de registros telefônicos de norte-americanos no ano passado, mesmo após o Congresso ter limitado a sua capacidade de coletar esses dados em massa, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira pela principal autoridade de inteligência dos EUA.
O relatório do escritório do Diretor de Inteligência Nacional, Dan Coats, foi a primeira medida dos efeitos da Lei de Liberdade dos EUA, de 2015, que limitou a coleta pela NSA a registros telefônicos e contatos de pessoas que os EUA e agências de inteligência aliadas suspeitam ter ligações com o terrorismo.
De acordo com o documento, a NSA coletou 151 milhões de registros, apesar de ter autorização do tribunal secreto de Vigilância de Inteligência Estrangeira para espionar apenas 42 suspeitos de terrorismo em 2016, além de um punhado identificado no ano anterior.
A NSA tem reunido uma vasta quantidade de "metadados" telefônicos, registros dos números de telefone de quem ligou e dos destinatários e os horários e durações das chamadas - mas não o seu conteúdo - desde os ataques de 11 de setembro de 2001.
O relatório ocorre num momento em que o Congresso tem que decidir se autoriza novamente a Seção 702 da lei de fiscalização de inteligência estrangeira (Fisa), que permite que a NSA colete informação de inteligência estrangeira sobre cidadãos não-americanos fora dos Estados Unidos, programada para expirar no final deste ano.
(Por Mark Hosenball)