SÃO PAULO (Reuters) - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, voltou a criticar nesta quarta-feira a campanha da sua adversária, a presidente Dilma Rousseff (PT), e disse que ainda há tempo de tirar a disputa do "gueto da calúnia".
"Estamos assistindo do outro lado uma campanha desesperada, que não consegue olhar para o futuro", disse o tucano ao comentar, em evento em São Paulo, as críticas que tem recebido em relação a seus mandatos no governo mineiro.
"Candidata, ainda é tempo, vamos falar de Brasil, ainda é tempo, tire a sua campanha do gueto da calúnia", acrescentou. "Quero apresentar propostas, é isso que me move", disse.
"Cada hora é uma mentira, uma infâmia, uma calúnia. Foi assim com Eduardo Campos, com Marina Silva e foi assim no passado com meus companheiros Geraldo Alckmin e José Serra. É o modus operandi do PT", acrescentou.
Na véspera, Aécio e Dilma participaram do primeiro debate na TV da campanha pelo segundo turno. Enquanto a presidente centrou sua artilharia nos dois mandatos do tucano como governador, o candidato do PSDB bateu na tecla do que chama do fracasso dela na Presidência.
Em um embate de perguntas e respostas, com reiteradas trocas de acusações, Dilma citou vários indicadores desfavoráveis de Minas Gerais, Estado governado por Aécio entre 2003 e 2010, todos eles refutados pelo tucano, com os dois se acusando em vários momentos de estarem faltando com a verdade.
EDUCAÇÃO
O candidato aproveitou o Dia do Professor nesta quarta e falou que, se eleito, quer ser conhecido como o candidato que revolucionou a educação no Brasil.
"Vou falar com governadores e prefeitos para garantir que o pagamento do piso seja feito. É só com a valorização do professor que conseguiremos isso", afirmou.
"A União será parceira na educação... Deixo meu compromisso de, até 2016, ter o acesso universalizado de todas as crianças de até 4 anos de idade", afirmou o candidato no evento em um clube na capital paulista, onde também assinou o compromisso de "candidato amigo da criança" da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq).
"Vamos ter a coragem de fazer que a escola ensine ao aluno", acrescentou.
(Por Vinícius Cherobino)