EVIAN (Reuters) - Jérôme Boateng, jogador da seleção da Alemanha que disputava um amistoso em Paris em novembro quando homens-bomba realizaram um ataque do lado de fora do estádio nacional da França, proibiu sua família de assistir às partidas da Euro 2016 por questões de segurança.
"Minha família e meus filhos não irão ao estádio. O risco é grande demais", disse Boateng, que irá atuar pela Alemanha na Euro 2016, que começa na sexta-feira na França, à revista Sport Bild.
"É triste ter que lidar com tais assuntos, mas aconteceram muitas coisas que fazem você pensar nisso", afirmou o zagueiro do Bayern de Munique.
A França está em estado de emergência desde os ataques com bombas e armas de fogo de novembro, que deixaram 130 mortos na capital. Os governos francês, norte-americano e outros alertaram que militantes podem visar o torneio.
Boateng participava do amistoso contra a seleção francesa naquela noite quando as explosões ocorreram do lado de fora do Stade de France. Os alemães passaram a maior parte daquela noite escondidos na arena antes de correrem para o aeroporto.
"Da minha parte, quero me concentrar no futebol, e me sinto melhor se minha família não estiver nas arquibancadas", disse.
O diretor da Associação de Futebol Alemã, Reinhard Grindel, afirmou que cabe a cada jogador decidir o que é melhor para seus familiares.
"Eu respeito isso, mas não vou comentar. O que direi é que temos plena confiança nas autoridades francesas".
Na segunda-feira, o serviço de segurança estatal da Ucrânia informou que um cidadão francês detido na fronteira com a Polônia vinha planejando atentados a locais de culto judeus e muçulmanos na França de forma a coincidirem com a Euro 2016.
Mais de 90 mil policiais, soldados e seguranças particulares serão acionados em todo o território francês para garantir a segurança do evento entre os dias 10 de junho e 10 de julho.
(Por Karolos Grohmann)