JACARTA (Reuters) - O presidente da Indonésia, Joko Widodo, disse na sexta-feira que havia recusado um pedido de envio de armas feito pelo líder da Ucrânia e fez um apelo para que ele e seu homólogo russo acabem com a guerra na Ucrânia.
A Indonésia está atualmente presidindo o Grupo dos 20 (G20), formado pelas maiores economias do mundo, e convidou tanto o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, quanto o líder russo, Vladimir Putin, para a cúpula dos líderes do grupo em novembro, apesar das pressões de alguns países ocidentais para excluir a Rússia.
"Eu expressei minha esperança de que a guerra possa terminar logo, e soluções pacíficas possam ser forjadas através de negociações", disse Jokowi, como o presidente indonésio é comumente conhecido, em uma declaração online, acrescentando que havia falado com ambos os líderes por telefone esta semana.
Jokowi também disse que recusou o pedido de armas feito por Zelenskiy devido à política externa do país do sudeste asiático, que tenta trilhar um caminho de neutralidade estratégica. Ele disse que a Indonésia estava pronta para enviar ajuda humanitária.
Alguns membros do G20, como os Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, fizeram um apelo à Indonésia para não convidar Putin devido à invasão russa da Ucrânia. A Rússia chama suas ações de "operação especial".
Mas Jokowi disse: "A Indonésia quer unir o G20, não deixar que haja fraturas".
A Ucrânia não é membro do G20, mas os presidentes do grupo já convidaram previamente outros países para reuniões de cúpula do grupo.
A participação de Zelenskiy no encontro na ilha indonésia de Bali "dependeria principalmente da situação no campo de batalha", disse Vysotskyi Taras, um alto funcionário do governo ucraniano, na quinta-feira.
Enquanto Jokowi disse que Putin pretendia comparecer, um porta-voz do Kremlin na semana passada disse que isso ainda não estava confirmado.
(Reportagem de Stanley Widianto; Reportagem adicional de Jiraporn Kuhakan in Bangcoc)