Por James Oliphant
WASHINGTON (Reuters) - O governador da Flórida, Ron DeSantis, disse nesta terça-feira que estava orgulhoso de ter sancionado uma proibição de aborto até seis semanas de gestação, depois de parecer inicialmente relutante em abraçar a lei recentemente aprovada na Flórida que proíbe quase todos os abortos no Estado.
Enquanto DeSantis se prepara para anunciar formalmente sua candidatura à Casa Branca em 2024 nas próximas semanas, ele está cada vez mais alardeando a medida para ajudá-lo a criar um contraste maior com o ex-presidente Donald Trump, o principal candidato à indicação presidencial do Partido Republicano.
Em entrevista coletiva na terça-feira, DeSantis disse estar "orgulhoso" por ter sancionado a legislação e respondeu a Trump, que sugeriu em uma entrevista esta semana que a proibição ao aborto com seis semanas é excessivamente restritiva.
"Ele não responderá se sancionaria ou não", disse DeSantis, que é um dos principais candidatos à indicação republicana. O indicado enfrentará o atual presidente Joe Biden, um democrata, nas eleições gerais do ano que vem.
Em entrevista ao site de notícias online The Messenger, publicada na segunda-feira, Trump disse: "Se você olhar para o que DeSantis fez, muitas pessoas nem sabem se ele sabia o que estava fazendo. Mas ele sancionou o projeto de seis semanas, e muitas pessoas dentro do movimento pró-vida acham que isso foi muito duro".
DeSantis aproveitou isso em sua coletiva de imprensa.
"Proteger um feto quando há batimentos cardíacos detectáveis é algo que quase, provavelmente, 99% dos pró-vida apoiam", disse ele.Ele citou uma lei semelhante no Estado de Iowa, que realizará a primeira prévia para decidir o candidato presidencial republicano no início do próximo ano e é um Estado com um grande bloco de eleitores evangélicos.
(Reportagem de James Oliphant em Washington; Reportagem adicional de Rich McKay em Atlanta)