RIO DE JANEIRO (Reuters) - A liga das escolas de samba do Rio de Janeiro manifestou preocupação com os graves acidentes que deixaram ao menos 32 pessoas feridas na Marquês de Sapucaí, nos desfiles do grupo especial, e pretende se reunir com as agremiações para discutir novas normas para aumentar a segurança no Carnaval.
Durante desfile da Unidos da Tijuca na madrugada de terça-feira, a estrutura superior de uma carro alegórico de três andares desabou, deixando 12 pessoas feridas, que tiveram de ser socorridas.
A acidente foi o segundo durante os desfiles do grupo especial no sambódromo do Rio. Na noite de domingo, 20 pessoas se feriram quando um carro da Paraíso do Tuiti se desgovernou na pista e atropelou as pessoas no setor de concentração.
“Tudo que aconteceu foi muito triste e fizemos um Carnaval de superação”, disse a rainha de bateria da Unidos da Tijuca, Juliana Alves, a jornalistas.
A polícia está investigando os dois acidentes, e os carros estão sendo periciados.
A Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro (Liesa) e as escolas alegam que as alegorias são vistoriadas e precisam de licenças para desfilar.
"A Liesa informa que se reunirá com todas as agremiações para fazer os ajustes que se fizerem necessários", informou a liga em nota nesta terça-feira.
Ainda durante a madrugada o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, lamentou os acidentes mais graves ao longo de 33 anos de desfiles na Marquês de Sapucaí.
"Os carros são licenciados e ainda tem anotação técnica do engenheiro de cada escola. Vamos tomar as medidas corretivas que sejam necessárias", declarou Castanheira.
(Por Rodrigo Viga Gaier)